O sapo comedor de bolhas
Público alvo: Educando com TEA (Transtorno do Espectro Autista), em idade escolar.
Local de utilização: Ambiente familiar e/ou escolar

Para esta atividade você precisará de um fantoche de sapo e bolhas de sabão. A atividade consiste em fazer bolhas de sabão e com entusiasmo e animação fazer o sapo "comer" as bolhas. Dessa forma estimula-se a comunicação verbal quando a criança tem que dizer "bolha" para o sapo comer e o contato visual. O período de atenção é de 5 minutos ou mais.

Metas principais:

Comunicação verbal.
Contato visual.
Desenvolver período de atenção compartilhada de 5min ou mais.

Ação motivadora (o papel do adulto):

Fazer bolhas de sabão e, com suspense e animação, manusear o fantoche do sapo para que ele “coma” as bolhas.

Solicitação (o papel da criança):

Falar a palavra “Bolha”. Em algumas regiões brasileiras a bolha de sabão é chamada de bola de sabão. Se sua criança reside em uma destas regiões, modele e solicite que ela tente falar a palavra “Bola”.

Preparação da atividade:

Traga um potinho de fazer bolhas de sabão e um fantoche de sapo para o quarto. Se o fantoche for daqueles que abrem a boca, fica mais interessante ainda!

Estrutura da atividade:

Apresente o potinho de bolhas e comece a soprar bolhas para a criança. Se ela se interessar, faça mais bolhas. Modele a palavra com a qual a criança poderá pedir por mais bolhas de sabão: você diz “Bolhas” diversas vezes enquanto sopra as bolhas e durante a pausa de sua ação. Pegue o fantoche do sapo e diga à criança que o sapo come bolhas e que ele está com muita fome. Procure pegar cada uma das bolhas com a boca do sapo. Faça um suspense antes de soprar as bolhas e antes do sapo comê-las. Utilize movimentos amplos pelo quarto, exagere suas expressões faciais, imite o pulo e o som (onomatopeia) do sapo. Faça um som interessante ou diga a palavra “bolha” de forma divertida no momento exato em que sapo for comer cada bolha. Essas técnicas poderão deixar a brincadeira mais divertida, darão mais motivos para a criança querer olhar para você – ao invés de olhar apenas para as bolhas – e poderão estimular uma maior qualidade e duração de atenção por parte da criança. Quando a criança estiver altamente motivada por sua ação, demonstrando querer mais de sua ação (através de gestos, olhares, sorrisos, sons) passe a solicitar durante as pausas que ela tente falar a palavra “bolha” para comunicar a você querer mais. Aguarde a resposta da criança, celebre qualquer tentativa para falar a palavra e responda aos sons oferecendo imediatamente a ação desejada por ela. Ao sermos responsivos às comunicações da criança, mostramos a função de suas comunicações e a inspiramos a querer utilizar e desenvolver cada vez mais suas habilidades de comunicação.

Variações:

Um dos movimentos favoritos de muitas das crianças que conhecemos é o movimento de pernas do “ninja” que ataca as bolhas. O adulto finge ser um ninja, posiciona-se em posição de ataque e então pula em direção à bolha alternando rapidamente o chute com as duas pernas. O movimento fica completo com o som de “Iiiiiiiáááááá!”.


Comentários

  1. Delícia de atividade! No momento do contato com a mesma me transportei para o momento de sua prática e me senti leve, como se estivesse me despertando para novas possibilidades. Imagino que um educando com autismo se sentiria da mesma forma. Maravilhaaaa!!!!

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